Ao longo de vários anos fomo-nos habituando a ver que o Madrid ia perdendo jogos contra equipas de metade da tabela e sempre com um 11 de gala!! Pelo menos da defesa para a frente...Sempre com muitos problemas na equipa que eram sempre atribuídos aos treinadores (não duvido que parte se devesse a isso...) o Madrid demorou a conseguir apresentar uma equipa coesa suficiente.
Quando Capello chegou fez o que se chama uma revolução. Apelidou Ronaldo de "gordo", afirmou que não havia titulares indiscutíveis e fez contratações para o seu estilo de jogo que foram-se adaptando e engrenando numa máquina que se começava a mexer aos poucos.
Apesar de um início que nos parecia "mais do mesmo" o Real Madrid acaba por recuperar terreno ao Barça (que no final da temporada também vinha a defraudar as expectativas) e subir ao primeiro lugar da liga espanhola.
Depois vem o cúmulo! Despedir um treinador que foi campeão, e que até já devia saber que ia ser afastado antes de o ser???
Entretanto, chega Schuster. E chega com um discurso de "futebol romântico"! "Um futebol de ataque", dizia...
(talvez seja esta a justificação para o despedimento de Capello... De facto, não praticava um futebol vistoso que um clube como o Real Madrid pode e deve fazer)
... com grandes certezas da sua capacidade de treinador. Pretendendo romper com tudo o que Capello fazia no Real Madrid, Schuster começa a pedir jogadores de alto gabarito! Vieram alguns, como Drenthe, Metzelder, Sneijder, Saviola, Pepe ou o regresso de Baptista...
O que é facto é que os resultados, para variar, não têm sido brilhantes! Inclusivamente no jogo contra o Belém, Jorge Jesús, teve um comentário excelente: "Com estes jogadores, eu fazia melhor!".
Dias depois Schuster vem afirmar que, com estes jogadores, não pode fazer melhor... Será pertinente fazer afirmações destas e descartar-se do seu trabalho como treinador passando a "culpa" para a Direcção do Clube que não lhe deu, por exemplo, Káka?
Posso perceber que seja um estilo diferente de Capello... posso perceber, claro, que sejam precisos jogadores diferentes... Mas não me parece que Schuster não conhecesse o plantel e os jogadores que seriam contratados para tornar o Real num clube à sua imagem... até porque acho que este golpe de teatro do novo treinador já estaria bastante encenado...
Esperemos para ver se o futebol romântico vence ou se, no final da temporada, as saudades do pragmatismo vão chegar...
Abraço,
Pedro Pereira
Quando Capello chegou fez o que se chama uma revolução. Apelidou Ronaldo de "gordo", afirmou que não havia titulares indiscutíveis e fez contratações para o seu estilo de jogo que foram-se adaptando e engrenando numa máquina que se começava a mexer aos poucos.
Apesar de um início que nos parecia "mais do mesmo" o Real Madrid acaba por recuperar terreno ao Barça (que no final da temporada também vinha a defraudar as expectativas) e subir ao primeiro lugar da liga espanhola.
Depois vem o cúmulo! Despedir um treinador que foi campeão, e que até já devia saber que ia ser afastado antes de o ser???
Entretanto, chega Schuster. E chega com um discurso de "futebol romântico"! "Um futebol de ataque", dizia...
(talvez seja esta a justificação para o despedimento de Capello... De facto, não praticava um futebol vistoso que um clube como o Real Madrid pode e deve fazer)
... com grandes certezas da sua capacidade de treinador. Pretendendo romper com tudo o que Capello fazia no Real Madrid, Schuster começa a pedir jogadores de alto gabarito! Vieram alguns, como Drenthe, Metzelder, Sneijder, Saviola, Pepe ou o regresso de Baptista...
O que é facto é que os resultados, para variar, não têm sido brilhantes! Inclusivamente no jogo contra o Belém, Jorge Jesús, teve um comentário excelente: "Com estes jogadores, eu fazia melhor!".
Dias depois Schuster vem afirmar que, com estes jogadores, não pode fazer melhor... Será pertinente fazer afirmações destas e descartar-se do seu trabalho como treinador passando a "culpa" para a Direcção do Clube que não lhe deu, por exemplo, Káka?
Posso perceber que seja um estilo diferente de Capello... posso perceber, claro, que sejam precisos jogadores diferentes... Mas não me parece que Schuster não conhecesse o plantel e os jogadores que seriam contratados para tornar o Real num clube à sua imagem... até porque acho que este golpe de teatro do novo treinador já estaria bastante encenado...
Esperemos para ver se o futebol romântico vence ou se, no final da temporada, as saudades do pragmatismo vão chegar...
Abraço,
Pedro Pereira